Segundo Daniel Rodríguez, chefe da equipe da Cruz Vermelha que dá apoio psicológico aos parentes, "a incerteza e o cansaço estão causando um grande estrago" nestas pessoas, após três dias de sofrimento com a tragédia.
Cerca de 30 psicólogos e agentes de saúde continuam ao lado dos familiares, que estão hospedados em um hotel próximo ao aeroporto. Voluntários da Spanair, companhia aérea proprietária do avião no qual morreram 153 pessoas, também se juntaram às famílias.
Rodríguez informou que na ilha de Grande Canária, lugar de destino do avião acidentado, será mantida uma unidade psicológica para apoiar também as pessoas que recebam ou acompanhem os corpos dos falecidos a suas cidades de origem.
Luis Ojeda, sobrinho de um dos falecidos, afirmou que o trabalho destas pessoas "não tem preço" e disse que, graças a eles, muitos dos que estão lá não desmoronam por completo.
Ojeda expressou a queixa de muitos parentes sobre o tratamento dado pela Spanair, com cujos responsáveis um grupo de parentes das vítimas se reuniu na sexta-feira em uma reunião que durou apenas 10 minutos, e expressou seu ceticismo sobre os resultados de uma nova reunião prevista para hoje.
Após a primeira reunião, os familiares expressaram seu descontentamento pela demora na divulgação da lista de passageiros, assim como pela desinformação existente sobre as causas do acidente.
Os familiares descartaram criar uma associação de vítimas e declararam que agora só querem receber os corpos de seus entes queridos para levá-los de volta para casa.
O advogado Ismael Rodríguez, amigo de outro falecido, expressou suas dúvidas sobre a viabilidade de uma associação, levando em conta que os afetados moram em diferentes cidades.
Enquanto isso, continuam os trabalhos das equipes de legistas para terminar a identificação dos cadáveres, dos quais 50 já foram entregues a suas famílias.
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